domingo, 27 de outubro de 2013

Casa Restaura-me ganha voluntários da Universidade Anhanguera



A Casa Restaura-me no bairro Lagoinha recebeu neste sábado (26) universitários com trabalho filantropo. Os alunos junto a um grupo de pessoas responsáveis pela Casa, oferecem alimentação e auxílio para moradores de rua. Segundo a universitária Mariana Oliveira (24), este projeto iniciou-se com um trabalho acadêmico da Faculdade Anhanguera e se transformou em ajuda ao próximo.

Felicidade, amor, alegria, espontaneidade, esperança, solidariedade, compartilhamento, amizade, gratificação e compromisso foram as palavras que os estudantes definiram para o trabalho realizado por eles. A Casa sempre cheia conta com a ajuda de várias pessoas, como sempre esta de portas abertas do lado de fora , algumas pessoas já aguardavam.

O Censo de 2005 registrou cerca de 1000 pessoas morando nas ruas. Em 2013 o número dobrou passando de 2000 mil pessoas.

Os estudantes realizaram uma dinâmica de grupo com as pessoas que estavam presentes. O voluntário Melquisedec  Lúcio diz que a satisfação de participar deste momento e contribuir de alguma forma para a satisfação dos presentes era visível de todos os lados. “Quando a gente tem objetivo de querer ajudar e comparece, notamos essas mazelas sociais. É nítido que tínhamos pouco contato com a realidade. Estar aqui é gratificante”. destacou ele.

 “Eu era um microempresário  e razoavelmente vivia bem. Daí comecei a 'perder a moral'. Tive contato com essa casa que nos aceita de braços abertos. Já tem um ano que eu pego comida aqui e quando estou aqui eu fico muito feliz. Dá paz no coração estar aqui”, disse emocionadamente o morador de rua Ronaldo Oliveira.

Enquanto os moradores de rua e os voluntários cantam e se divertem, ajudantes na cozinha preparam o almoço. “Eu fiquei muito feliz, porque eu nunca tinha vindo nesses lugares. E as pessoas podem ser quem for,  todo mundo precisa, comer, beber , vestir e ser bem tratado.” Afirma dona Chica cozinheira e voluntária.

Segundo o  IBOPe,  conclui-se  que 1 entre 4 brasileiros já fez ou faz trabalho voluntário. Com 53% de mulheres  e 47% de homens, a maioria é feita pela classe C. Trinta e oito pessoas que fazem trabalho voluntário possuem ensino médio completo e superior incompleto. Pessoas com esse perfil possuem habilidades que agregam valor pelo serviço voluntário.

Após a dinâmica eles fizeram uma oração e o almoço foi servido.
A coordenadora da Casa, afirma que, esse também pode ser um meio de entrar no mercado de trabalho, principalmente se na empresa existe humanização e solidariedade. Se é uma empresa que trabalha com esse nível de relação com o outro ou de encontrar mercado para outras pessoas.

Um comentário:

  1. CASA RESTAURA-ME GANHA VOLUNTÁRIOS DA UNIVERSIDADE ANHANGUERA
    A Casa Restaura-me, no bairro Lagoinha, em Belo Horizonte, recebeu, neste sábado (26), universitários que fizeram um trabalho voluntário com moradores de rua. A Casa, que oferece alimentação e auxílio para necessitados, existe desde 2005 e, agora, com a iniciativa dos estudantes da Faculdade Anhanguera, busca uma parceria que pode trazer benefícios a essas pessoas que têm a rua como moradia. Segundo a universitária Mariana Oliveira (24), a ideia de procurar a Casa Restaura-me surgiu de um trabalho acadêmico do curso de Gestão de Recursos Humanos daquela instituição de ensino.
    Felicidade, amor, alegria, espontaneidade, esperança, solidariedade, compartilhamento, amizade, gratificação e compromisso foram as palavras que os estudantes definiram para o trabalho realizado por eles. A Casa conta com a ajuda de várias pessoas para acolher cerca de 200 necessitados que, todos os dias, aguardam do lado de fora as portas se abrirem para receber, principalmente, comida. Na verdade, o trabalho da Restaura-me acontece apenas durante o dia, com fornecimento de alimentação.
    Os estudantes da Anhanguera levaram outro tipo de alimento para os frequentadores do lugar. Eles realizaram uma dinâmica de grupo, com brincadeiras que trouxeram, sobretudo, alegria para as pessoas presentes. O voluntário Melquisedec Lúcio diz que a satisfação de participar deste momento e contribuir de alguma forma para a satisfação dos presentes era visível de todos os lados. “Quando a gente tem objetivo de querer ajudar e faz isto de fato, mergulhamos em uma realidade que, muitas vezes, não conhecemos. Estar aqui é gratificante,” destaca.
    Enquanto os moradores de rua e os voluntários cantavam e se divertiam, ajudantes na cozinha preparavam o almoço. Francisca Oliveira, que prefere ser chamada de dona Chica, é cozinheira e voluntária da Casa Restaura-me. O trabalho feito por ela vem de uma certeza que adquiriu depois de viver mais de 60 anos: a de que todos merecem comer, beber, vestir e ser bem tratado. “Fiquei muito feliz, porque nunca tinha vindo a um lugar assim. Minha realização acontece porque aqui eu estou ajudando o próximo”, revela.
    Se aqueles que trabalham com o voluntariado encontram sentido no ato de ajudar as pessoas, quem está do outro lado, ou seja, os próprios moradores de rua, também têm histórias para contar. É o caso de Ronaldo Oliveira. “Já fui microempresário vivia razoavelmente bem. Daí, comecei a perder a moral,” conta, revelando que, a partir de determinado momento, sua vida mudou e ele a única solução que encontrou estava na rua, convivendo com a miséria. “Foi então que tive contato com essa casa que nos aceita de braços abertos. Já faz um ano que pego comida aqui”, arremata Ronaldo que, emocionado afirma também ter encontrado “paz no coração” a partir da convivência com os voluntários da Casa Restaura-me.
    Assim, o exemplo desta instituição filantrópica mostra que aqueles que esperam encontrar apenas miséria no interior daquela casa amarela situada em uma das regiões que mais possuem moradores de rua da capital mineira sairão insatisfeitos. A Casa Restaura-me, que tem endereço na Rua Araxá, 120, conta, em seu interior, com dois tipos de pessoas: gente feliz e gente que ainda não desistiu de encontrar a felicidade e que, de alguma maneira, espera encontra-la com a ajuda do próximo.

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