domingo, 27 de outubro de 2013

Novo estilo de vida para começar a mudar o mundo

Novo estilo de vida para começar a mudar o mundo
Por: Mariana Menezes, Thiago Valu, Valdilene Oliveira e Valter Crispim


    Na década de 70 surgia, na Austrália, uma nobre tentativa de mudar o mundo e se ter um novo estilo de vida: a permacultura. Criada pelos pesquisadores australianos Bill Mollison e David Holmgrem, o projeto resulta na integração harmoniosa entre as pessoas e a paisagem, provendo alimentação, energia e habitação, entre outras necessidades, de forma sustentável. 
    A ideia vem conquistando cada vez mais países e pessoas, inclusive o Brasil, e logo surgiram vários Institutos e Vilas, dispostos a viver de forma sustentável.
    Um deles é o Instituto Pindorama. Uma organização independente, sem fins lucrativos (ONG), formada por permacultores, arquitetos, agrônomos, pedagogos e voluntários, que buscam utilizar os recursos naturais de forma consciente, eficiente e sustentável, para tornar a Terra um lugar pacífico, próspero e autossuficiente, e também através de cursos oferecidos ajudarem aqueles que buscam sustentabilidade em seus projetos.
                                                                                        Foto: Instituto Pindorama
Sede do Instituto Pindorama, habitação sustentável

    Instituto, com sede em Nova Friburgo (RJ), foi criado em 2004, pelo Gerente de Projetos, Nilson Dias e pelo Engenheiro Agrônomo, Daniel Dias.
    Nilson, gerente do Instituto, explica que a ideia de se criar um Instituto, também, surgiu de uma inspiração no trabalho da Ambientalista Indiana, Vandana Shiva. “Criamos nosso programa baseado na ideologia da ativista ambiental Vandana Shiva. É uma proposta de como podemos aprender com a própria natureza, e, agir neste momento de mudança em que nosso destino dependerá de ações inteligentes, organizadas e lideradas por iniciativas de larga visão.”
    Perguntado o porquê do nome Pindorama, Nilson explicou que quando a sede foi criada a propriedade já tinha esse nome. “Pindorama é "terra das palmeiras" em tupi-guarani e já era o nome da propriedade. Meu avô, Nelson Dias, deu este nome por conta da quantidade de palmito juçara no local e outras palmeiras da Mata Atlântica.”
    Hoje, na propriedade onde é a sede do Pindorama moram cerca de oito pessoas, uma média de dez aprendizes voluntários e uma equipe flutuante de colaboradores, entre funcionários e parceiros, num total de 30 pessoas.
    Nilson conta que a sede é em Nova Friburgo, mas que estão iniciando um projeto para formar uma rede com outras instituições. “Estamos entrando em contato com pessoas, que assim como nós, estão interessadas na permacultura para podermos formar uma rede do Instituto.”
    Ele, ainda, ressalta a importância do Instituto em mostrar as pessoas as reais mudanças que podem ser feitas para mudar o mundo.  “Nossa visão para conseguir mudar o mundo é formar multiplicadores capazes de serem vetores de mudanças reais em si mesmo, e serem exemplos para que outros possam seguir. Cada um deve repensar seu consumo, seu trabalho, sua relação com a alimentação e com o planeta.”
    A missão do Instituto é promover e desenvolver a educação ecológica, inspirada na filosofia védica;  servir de instrumento de ligação entre projetos, instituições e comunidades que estejam relacionados aos objetivos do "Instituto Pindorama";  promover o desenvolvimento sustentável do homem junto ao meio ambiente, na sua defesa, preservação e conservação; capacitar multiplicadores nas áreas de permacultura, agroecologia, bioconstrução, energias alternativas e alimentação consciente.
    Com base nessa missão, o Instituto oferece cursos de Habitações Sustentáveis com Bioconstrução, que ensina eco técnicas de construção da própria casa; Curso Design de Interiores e Movelaria com Bambu, neste curso o bambu é usado de forma artesanal. Através de aulas práticas os seus participantes aprendem as diferentes técnicas utilizadas com bambu e seu uso para movelaria, em sua forma natural ou laminado estruturas de bambu, saneamento ecológico dentre outras; Curso de Alimentação Inteligente, ensinando a preparar pratos doces e salgados utilizando os preceitos da Alimentação Inteligente; Curso Prático de Construção com Bambu, o curso engloba técnicas para corte, manejo, secagem, tratamento, manufatura e montagem de uma construção de bambu e bioconstrução; Oficina de Instrumentos Musicais de Bambu; Curso de Energia Solar e Iluminação com LEDs, que ensina na teoria e na prática, como utilizar a energia solar, eólica e hidráulica, como montar lâmpadas LED na prática; Curso de Design em Permacultura, que ensina os conceitos da Permacultura de modo prático e teórico para aplicação urbana, rural ou empresarial, entre outros.                                                       

                                                                          Foto: Instituto Pindorama
Móveis feitos com bambu
                                                    
    Visando estes cursos, três mineiras resolveram ir até Nova Friburgo, aprender as técnicas sustentáveis e trazer para Belo Horizonte. A Engenheira Civil, Luciane Curi, a Ambientalista, Ludmila Brito, e a Arquiteta, Michela Perígolo.
    Para Luciane a experiência e a aprendizagem foram ótimas.  “As técnicas são excelentes. Aprendamos sobre como construir a nossa própria casa, usando bambu. O curso e a aprendizagem foram sensacionais. Aprendemos a fazer tinta natural, abobe, taipa de pilão, super adobe, corn wood. Achei muito rica a aprendizagem”.
                                                                                                                                Foto: Instituto Pindorama
As mineiras, Luciane (de blusa listrada) e Ludmila (blusa azul), aprendendo a bioconstrução

    Luciane ressalta que irão usar as técnicas em seus projetos. “Aprendemos e a partir de agora vamos usar nos nossos projetos. Usaremos a princípio em pequenas construções e depois em grandes. Faremos a primeira experiência em breve, e, também vamos passar a técnica para outras pessoas”.
    Para a Arquiteta, Michela Perígolo, o Instituto divulga muito bem o estilo de vida na permacultura. “É interessante a divulgação da permacultura, e pude ver que cada vez a pessoa fica mais voltada para a terra, aproveitando melhor o que ela pode nos oferecer.”
    Sobre os cursos, Michela explica que foi de grande importância e que logo começarão a usar as técnicas. “Com certeza foi muito útil, teve um aprendizado de como usar a terra na construção que foi muito importante. Pretendemos começar a fazer algumas coisas, e sempre que se tratar de construção, usaremos as técnicas aprendidas.
    Michela, ainda, disse que é possível qualquer um viver no modo da permacultura. “É um outro ritmo de vida, muito melhor, é extremamente possível viver assim, é só questão de hábito.”

                                                                                  Foto: Instituto Pindorama
Michela aprendendo a fazer adobo (tijolo de barro)


    Nilson Dias deixa uma mensagem para aqueles que, assim como eles, querem mudar de vida e começar um mundo melhor. “Faça um esforço para mudar a si mesmo através de novos hábitos de consumo e de alimentação, pois é nosso dinheiro que financia sistemas e empresas, logo o poder de escolha de qual empresa ou sistema financiar é de cada um de nós. Repense sua relação com sua comunidade, com os agricultores locais, consigo mesmo e com o planeta, seja um exemplo de mudança e o mundo mudará por si só.”  

  Para participar dos cursos oferecidos pelo Pindorama, ou conhecer o projeto, é só acessar o site http://www.pindorama.org.br/ ou entrar em contato através do email: contato@pindorama.org.br.

   
      Permacultura, um novo modelo de vida

    A permacultura chegou ao Brasil através de um curso dado por Bill Mollison em Porto Alegre (RS), na década de 90.
    De acordo com pesquisas realizadas pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina , hoje  a permacultura conta com mais de 10.000 praticantes em todos os continentes, e, mais de 220 professores trabalham em tempo integral em prol deste projeto. Existe uma equipe de profissionais - agrônomos, engenheiros, arquitetos, etc. - que estão se aprofundando nestas ideias.
    Os sistemas permaculturais que se aproximam da natureza não precisam de adubo, irrigação, produzem o que precisam e melhoram cada vez mais o solo, recuperando também o regime das águas da região.
    Os permacultores, ao analisar as necessidades dos animais, perceberam que era possível criar uma floresta, incorporando árvores frutíferas,  com verduras rasteiras e grãos, criando um pasto equilibrado onde os animais e o homem se alimente e se proteja. O único trabalho do homem nestas condições é de coletar as frutas, as verduras, os ovos e vigiar o estado do pasto e dos animais. Se assim for seguido, este sistema dura muitos anos com o mínimo de investimento.
    O homem pode se alimentar e ainda ganhar dinheiro vendendo sua produção, dando lucro maior do que os sistemas industrializados que exigem um nível alto de  investimento . E com certeza, a qualidade dos produtos será inquestionavelmente melhor.
    A permacultura não é apenas uma técnica ou muito menos um pacote. É muito mais complexo que uma simples agricultura sem agrotóxicos, mais complexo que uma agricultura ecológica, ou sustentável, ou biodinâmica. É uma forma de viver que pode ou não envolver essas e outras técnicas. Ao mesmo tempo é muito mais simples por ser a conduta natural das coisas. Necessita apenas de uma observação da natureza.

       

Flor da Permacultura, princípios que movem através de etapas chaves necessárias para criar uma cultura sustentável.




    A inspiração vem da Índia

    Mesmo do outro lado do mundo, a física, ecofeminista, ativista ambiental da Índia e autora de inúmeros livros, Vandana Shiva foi um dos combustíveis para que fosse criado um importante projeto de sustentabilidade, o Instituto Pindorama. 
    Nascida na cidade de Dehra Dun, no norte da Índia, em 5 de Novembro de 1952, Shiva é vista como a principal bandeira na luta contra a indústria de alimentos transgênicos. Sua militância por um mundo melhor começou na década de 1970, quando integrou o Movimento das Mulheres de Chipko, que consistia em mulheres amarradas a árvores para impedir a sua derrubada e o despejo de lixo atômico na região
   Em 1993, ganhou o prêmio Right Livelihood Award, considerado uma versão alternativa do Prêmio Nobel da Paz.
    É diretora da Research Foundation for Science, Technology and Ecology, em Nova Délhi, Instituto de pesquisa independente, que aborda os problemas mais significativos sobre ecologia social de nossos tempos, em parceria com as comunidades locais e movimentos sociais da região. 


                                                                     Foto: Fábio Braga,2012
                                               Ambientalista Indiana, Vandana Shiva









3 comentários:

  1. NOVO ESTILO DE VIDA PARA COMEÇAR A MUDAR O MUNDO
    Por Mariana Menezes, Thiago Valu, Valdilene Oliveira e Valter Crispim
    Na década de 1970 surgia, na Austrália, uma nobre tentativa de mudar o mundo e se ter um novo estilo de vida: a permacultura. Criada pelos pesquisadores australianos Bill Mollison e David Holmgrem, o projeto resulta na integração harmoniosa entre as pessoas e a paisagem, provendo alimentação, energia e habitação, entre outras necessidades, de forma sustentável.
    A ideia vem conquistando cada vez mais países e pessoas, inclusive o Brasil, e logo surgiram vários Institutos e Vilas, dispostos a viver de forma sustentável. Um deles é o Instituto Pindorama, uma organização independente, sem fins lucrativos (ONG), formada por permacultores, arquitetos, agrônomos, pedagogos e voluntários, que buscam utilizar os recursos naturais de forma consciente, eficiente e sustentável, para tornar a Terra um lugar pacífico, próspero e autossuficiente. A ideia é também, através de cursos oferecidos, ajudar aqueles que buscam sustentabilidade em seus projetos.
    Sede do Instituto Pindorama, habitação sustentável - Foto: Instituto Pindorama
    O Instituto, com sede em Nova Friburgo (RJ), foi criado em 2004, pelo Gerente de Projetos Nilson Dias e pelo Engenheiro Agrônomo Daniel Dias. Nilson, gerente do Instituto, explica que a ideia de criar um Instituto também surgiu de uma inspiração no trabalho da ambientalista indiana Vandana Shiva. “Criamos nosso programa baseado na ideologia desta ativista ambiental. É uma proposta de como podemos aprender com a própria natureza e agir neste momento de mudança em que nosso destino dependerá de ações inteligentes, organizadas e lideradas por iniciativas de larga visão.”
    Perguntado sobre o porquê do nome Pindorama, Nilson explica que, quando a sede foi criada, a propriedade já tinha esse nome. “Pindorama é ‘terra das palmeiras’, em tupi-guarani, e já era o nome da propriedade. Meu avô, Nelson Dias, deu este nome por conta da quantidade de palmito juçara e de outras palmeiras características da Mata Atlântica que existiam no local.”
    Hoje, nesta propriedade onde é a sede do Pindorama, moram cerca de oito pessoas, entre amigos e familiares de Nilson, cerca de dez aprendizes voluntários e uma equipe flutuante de colaboradores. Assim, entre funcionários e parceiros o Pindorama é moradia de 30 pessoas.
    Nilson conta que a sede é em Nova Friburgo, mas que estão iniciando um projeto para formar uma rede com outras instituições. “Estamos entrando em contato com pessoas que, assim como nós, estão interessadas na permacultura para podermos formar uma rede do Instituto.” Ele ainda ressalta a importância do Instituto em mostrar às pessoas as reais mudanças que podem ser feitas para mudar o mundo. “Nossa visão para conseguir mudar o mundo é formar multiplicadores capazes de serem vetores de mudanças reais em si mesmo, e serem exemplos que outros possam seguir. Cada um deve repensar seu consumo, seu trabalho, sua relação com a alimentação e com o planeta.”
    A missão do Instituto Pindorama é promover e desenvolver a educação ecológica, inspirada na filosofia védica. Além disso, a entidade busca servir de instrumento de ligação entre projetos, instituições e comunidades que estejam relacionados aos seus objetivos: promover o desenvolvimento sustentável do homem junto ao meio ambiente, na sua defesa, preservação e conservação; e capacitar multiplicadores nas áreas de permacultura, agroecologia, bioconstrução, energias alternativas e alimentação consciente. Com base nessa missão, o Instituto oferece uma variedade enorme de cursos que, em comum, possuem características como a da diversidade e da sustentabilidade. Boa parte deles encontram no bambu a matéria prima para construir desde móveis a uma moradia inteira (ver box).
    Móveis feitos com bambu - Foto: Instituto Pindorama

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  2. Em busca dos cursos ministrados pelo Instituto Pindorama, três mineiras resolveram ir até Nova Friburgo a fim de aprender as técnicas sustentáveis e trazê-las para Belo Horizonte. A engenheira civil Luciane Curi, a ambientalista Ludmila Brito e a arquiteta Michela Perígolo.
    Para Luciane, a experiência e a aprendizagem foram ótimas. “As técnicas são excelentes. Usando bambu, aprendemos sobre como construir nossa própria casa. O curso e a aprendizagem foram sensacionais. Fizemos tinta natural, abobe, taipa de pilão, super adobe, corn wood.”
    As mineiras, Luciane (de blusa listrada) e Ludmila (blusa azul), aprendendo a bioconstrução - Foto: Instituto Pindorama
    Luciane ressalta que irão usar as técnicas em seus projetos. “Aprendemos e, a partir de agora, vamos usar em nossos projetos. A princípio, utilizaremos em pequenas construções e, depois, em grandes. Faremos a primeira experiência em breve. Também vamos passar a técnica para outras pessoas”.
    Para a arquiteta Michela Perígolo, o Instituto faz um marketing muito bem feito do estilo de vida baseado na permacultura. “É interessante a divulgação deste modelo de vida. Pude ver que, cada vez mais, a pessoa se volta para a terra, aproveitando melhor o que ela pode nos oferecer.”
    Sobre os cursos, Michela explica que foram de grande importância e que logo começarão a usar as técnicas. “Tudo foi muito útil. Aprendemos como usar a terra na construção e, sempre que se tratar de construção, usaremos as técnicas aprendidas.” Michela ainda disse que é possível qualquer um viver no modo da permacultura. “É um outro ritmo de vida, muito melhor. É extremamente possível viver assim. É só questão de hábito.”
    Foto: Instituto Pindorama - Michela aprendendo a fazer adobo (tijolo de barro)
    Nilson Dias deixa uma mensagem para aqueles que, assim como ele, querem mudar de vida e começar a construir um mundo melhor. “Faça um esforço para mudar a si mesmo através de novos hábitos de consumo e de alimentação, pois é nosso dinheiro que financia sistemas e empresas. Logo o poder de escolha de qual empresa ou sistema financiar é de cada um de nós. Repense sua relação com sua comunidade, com os agricultores locais, consigo mesmo e com o planeta. Seja um exemplo de mudança e o mundo mudará por si só.”
    PERMACULTURA, UM NOVO MODELO DE VIDA
    A permacultura chegou ao Brasil através de um curso dado por Bill Mollison em Porto Alegre (RS), na década de 1990. De acordo com pesquisas realizadas pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina, hoje a permacultura conta com mais de 10 mil praticantes em todos os continentes. Mais de 220 professores trabalham em tempo integral em prol deste projeto. Existe uma equipe de profissionais - agrônomos, engenheiros, arquitetos etc. - que está se aprofundando nestas ideias.
    Os sistemas permaculturais que se aproximam da natureza não precisam de adubo, irrigação, produzem o que precisam e melhoram cada vez mais o solo, recuperando também o regime das águas da região. Ao analisar as necessidades dos animais, os permacultores, perceberam que era possível criar uma floresta, incorporando árvores frutíferas, com verduras rasteiras e grãos, criando um pasto equilibrado onde os animais e o homem conseguissem ao mesmo tempo se alimentar e se proteger. O único trabalho do homem nestas condições é o de coletar as frutas, as verduras, os ovos e vigiar o estado do pasto e dos animais. Dessa maneira, este sistema dura muitos anos, exigindo o mínimo de investimento.

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  3. O homem pode se alimentar e ainda ganhar dinheiro vendendo sua produção, dando lucro maior do que os sistemas industrializados que exigem um nível alto de investimento. Com certeza, a qualidade dos produtos será inquestionavelmente melhor.
    Nesse sentido, a permacultura não é apenas uma técnica ou muito menos um pacote. Trata-se de algo muito mais complexo do que uma simples agricultura sem agrotóxicos, ecológica, sustentável ou biodinâmica. É uma forma de viver que pode ou não envolver estas e outras técnicas. Ao mesmo tempo, é muito mais simples por ser a conduta natural das coisas e necessita apenas de uma observação da natureza.
    FLOR DA PERMACULTURA
    Na ilustração a seguir, você poderá ficar por dentro dos princípios que movem a Permacultura. A ideia é, sobretudo, criar uma cultura sustentável.
    A INSPIRAÇÃO VEM DA ÍNDIA
    Mesmo do outro lado do mundo, Vandana Shiva - física, ecofeminista, ativista ambiental e autora de inúmeros livros - foi um dos combustíveis para que o Instituto Pindorama fosse criado. Nascida na cidade de Dehra Dun, no norte da Índia, em 5 de Novembro de 1952, Shiva é vista como a principal bandeira na luta contra a indústria de alimentos transgênicos. Sua militância por um mundo melhor começou na década de 1970, quando integrou o Movimento das Mulheres de Chipko, que consistia em mulheres amarradas a árvores para impedir sua derrubada e o despejo de lixo atômico na região. Em 1993, ganhou o prêmio Right Livelihood Award, considerado uma versão alternativa do Prêmio Nobel da Paz. É diretora da Research Foundation for Science, Technology and Ecology, em Nova Déli, instituto de pesquisa independente que aborda os problemas mais significativos sobre ecologia social de nossos tempos, em parceria com as comunidades locais e com movimentos sociais da Índia.
    Ambientalista Indiana, Vandana Shiva - Foto: Fábio Braga,2012
    CURSOS PARA UM MUNDO DIFERENTE
    Para participar dos cursos oferecidos pelo iNSTITUTO Pindorama, ou conhecer o projeto, basta acessar o site www.pindorama.org.br ou entrar em contato através do e-mail contato@pindorama.org.br. A seguir veja alguns dos cursos oferecidos pela instituição em Nova Friburgo.
    Habitações Sustentáveis com Bioconstrução
    Ensina eco técnicas para construir a própria casa

    Construção com Bambu
    O curso engloba técnicas para corte, manejo, secagem, tratamento, manufatura e montagem de uma construção de bambu e bioconstrução

    Design de Interiores e Movelaria com Bambu
    O próprio nome diz tudo: com este curso é possível aprender a construir móveis com a planta, sempre de forma artesanal.

    Saneamento Ecológico
    São ensinadas técnicas de saneamento que interagem com cuidados ambientais.

    Alimentação Inteligente
    Ensina a preparar pratos doces e salgados utilizando os preceitos da alimentação inteligente

    Oficina de Instrumentos Musicais de Bambu
    Aqui, é possível aprender a fazer instrumentos musicais a partir desta planta.

    Curso de Energia Solar e Iluminação com LEDs
    Ensina, na teoria e na prática, como utilizar a energia solar, eólica e hidráulica, além de como montar lâmpadas LED.

    Curso de Design em Permacultura
    Trata dos conceitos da Permacultura de modo prático e teórico para aplicação urbana, rural ou empresarial.

    24/25

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