domingo, 27 de outubro de 2013

Cão Viver, um lugar de esperança

Por: Aline Miranda, Gláucia Stefanie e Lindeir Francis


A Cão Viver foi fundada em agosto de 2003 pelo grupo de amigos Marlene Moreira, Denise Menin e Vicente Martins, que antes desenvolviam ações isoladas. O objetivo desde o início era acolher cães e gatos em situação de abandono e maus tratos, além de desenvolver ações de conscientização e educação ambiental. Nos primeiros 5 anos, hoje um pouco menos a ONG vem sendo mantida pelo fundador e mantenedor Vicente, e também conta com a ajuda de parceiros e voluntários.

Paula Fantini, voluntária - Foto: Aline Miranda

Maria Eduarda, voluntária - Foto: Aline Miranda
Uma das voluntárias é Paula Fantini, Conselheira Fiscal, ajuda há 1 ano e meio, sempre aos sábados. “Colaboro para o funcionamento da ONG, organizo a lojinha, ajudo nas adoções... Sou uma das autorizadas a realizar todo o processo de apadrinhamento de cães e gatos, pois a entrevista só pode ser feita por determinadas pessoas”. Ela é mãe de Maria Eduarda, também voluntária. “A Duda adora vir ficar em contato com os animais, ela só não vem aqui se estiver doente”, conta Paula.
Entrada da ONG Cão Viver, Rua 1º de Maio, n º 165 – Bairro Braúnas

Foto: Lindeir Francis
Desde o início está localizada no bairro Braúnas, próximo a Pampulha. Antes de ser alugado pelos fundadores, o local pertencia a uma senhora alemã que criava jaguatiricas. Hoje conta com uma área verde de aproximadamente 3.000 m² e uma infraestrutura de canis, gatis, maternidades, enfermarias, banho e tosa, playdog, consultório veterinário, bloco cirúrgico e quarentena. Tudo idealizado para promover o bem estar e a saúde dos animais, além de apresentar-se de acordo com as normas de proteção animal.


Gatil, parte da infraestrutura da ONG Cão Viver
 Foto: Aline Miranda
Play Dog, parte da infraestrutura da ONG Cão Viver
Foto: Lindeir Francis
 
Canil, parte da infraestrutura da ONG Cão Viver  
Foto: Aline Miranda 
Consultório para consultas externas
Foto: Lindeir Francis
A ONG também presta atendimento externo com serviços veterinários para cães e gatos com custo reduzido. Em média são atendidos 4 a 5 casos por semana. Também é realizado cirurgias, exames, aplicação de medicamentos, curativos, vacinas, limpeza de tártaro, vermifugações e consultas e cirurgias ortopédicas que é necessário agendar. O horário de atendimento funciona as 2ª, 3ª, 5ª e sábado das 9:00 ás 12:00hs e das 14:00 às 16hs e nas sextas feiras atuam das 14:00 às 16:00. Sem atendimento as quartas-feiras. Mais informações pelo telefone: (31) 3397-8560.
Vitória, cadela também acolhida pela Cão Viver
Foto: Aline Miranda
Todos os animais que chegam a Cão Viver geralmente estão muito debilitados e com alto índice de estresse, por sofrerem algum tipo de mau trato. Ao ser resgatado, o animal passa por um processo de triagem e são encaminhados para a quarentena, começando a receber os cuidados necessários para sua recuperação. Todos adquirem atendimento individualizado, realizado pelos funcionários, voluntários e pelo serviço de veterinária.
Paco, Cão também acolhido pela cão Viver
Foto: Aline Miranda
Desde a sua fundação a Cão Viver acolheu cerca de 5 mil animais, e para que um cachorro ou gato seja aceito na ONG é necessário que outro seja adotado, pois não há vagas e as normas de proteção animal determinam 4 cachorros por canil. De acordo com Paula Fantini, a Cão Viver tem capacidade de acolhimento para cerca de 130 animais. Hoje existe uma lista de espera de protetores que já retiraram os animais e estão prontos para adoção, todos estão aguardando por uma vaga. Em entrevista Denise Menin, uma das fundadoras, afirma: “Quando não há vaga colocamos o animal na lista de espera, mas existem muitos casos em que deixam filhotes em uma sacola na nossa porta. Nós temos que respeitar a quantidade de 4 cachorros por canis, conforme as normas de proteção animal”.
Por mês são realizadas em média 22 adoções, mas este número varia muito dependendo da época do ano. “Este número varia de ano para ano e mês para mês. Em dezembro o número de pessoas que querem desfazer dos cachorros, aumenta muito. Isto acontece porque as famílias querem viajar por um longo período e como não tem aonde deixar preferem se desfazer deles”, conta Denise.
Elizete e família, agora com mais duas integrantes,
a Doli e a Laila - Foto: Aline Miranda
Elizete Cardoso e sua família adotaram duas cadelinhas através da ONG, a Laila e a Doli ganharam novos lares com muito amor. Ela conta que gosta de animais e é contra qualquer tipo de violência. “A Doli passou a ser membro da família, é carinhosa e meiga, mais gratificante ainda é ver a alegria dos meus filhos, a Laila é do meu irmão, e os meus sobrinhos é que estão amando, pois é o primeiro cachorrinho que estão ganhando”.
Aos sábados acontece a Feira de Adoção Permanente ONG Cão Viver, das 10 ás 16 horas. Para adotar um cachorro ou gato a pessoa deve ser maior de 21 anos, levar xerox e original de um comprovante de endereço, identidade e CPF e contribuir com R$ 35,00. O candidato a adoção passa pela etapa de visitação sentindo o primeiro contato com o bichinho escolhido e pela etapa da entrevista aonde responde um questionário da Pedigree e é anexado os documentos na ficha de adoção. Cada etapa é avaliada minuciosamente, para que não ocorram enganos. “Se a pessoa não passar em toda as etapas ela não poderá adotar, pois o objetivo é dar um lar adequado e não se livrar deles. Agente não esquece que eles são animais e precisam do espaço deles como animais, mas queremos garantir que eles recebam carinho e bons tratos. Uma vida como eles tem aqui.” Enfatiza Denise.
Entrevista, processo de adoção da Doris
Foto: Aline Miranda
Ana Maria, estudante de 32 anos, aproveitou a Feira de Adoção para adotar a cadelinha Doris, nome que ela escolheu. Ela passou pelo processo de adoção, foi aprovada e levará sua amiguinha para casa. Durante a visita, Ana teve o prazer de conhecer Doris, que já ganhou um lacinho e um kit com vasilhame para comida e brinquedo da Pedigree, em despedida, afirma: “A Doris vai ser tratada como uma filha”.


Conheça a Pedrita, a cachorrinha que representa a Cão Viver

Pedrita é uma mestiça de Pitt Bull, com 5 anos de idade e uma sobrevivente. Foi resgatada em um beco de um aglomerado de Belo Horizonte, após denúncia de moradores. Naquele local eram realizadas rinhas com cachorros, onde o dinheiro apostado era usado para consumo de bebidas e drogas.
As cicatrizes de anos de abuso estão espalhadas pelo corpo e no olhar da cachorrinha, que chegou a perder uma das orelhas.  Ao chegar na ONG Pedrita passou por um processo de socialização, mas infelizmente não consegue conviver com outros animai. É muito amiga, extremamente brincalhona e adora um carinho.
Este ano Pedrita está sendo a representante da Cão Viver no concurso Max meu amigo é um máximo, na categoria ONG. No ano passado a associação ficou em terceiro lugar. O primeiro lugar ganha 1 tonelada de ração, isso significaria mais de 6 meses de ração para os bichinhos da Cão Viver. Para ajudar a Pedrita e seus companheiros a garantirem este prêmio votar basta clicar no link:
Voluntário Átila, Fundadora Denise Menin e a cadela Pedrita
Foto: Lindeir Francis
Não se esqueça! Maus tratos aos animais é crime, a Lei de Crimes Ambientais prevê detenção de 3 meses a 1 ano e multa. Por isso devemos denunciar qualquer forma de abuso, para que outras “Pedritas” possam ser resgatadas e tenham a vida que merece.

Amigo não se compra, adota-se!





4 comentários:

  1. CÃO VIVER, UM LUGAR DE ESPERANÇA
    Por Aline Miranda, Gláucia Stefanie e Lindeir Francis
    A Cão Viver foi fundada em agosto de 2003 pelo grupo de amigos Marlene Moreira, Denise Menin e Vicente Martins, que antes desenvolviam ações isoladas no sentido da proteção aos animais. O objetivo desde o início era acolher cães e gatos em situação de abandono e maus tratos, além de desenvolver trabalhos de conscientização e educação ambiental. Nos primeiros cinco anos, quem disponibilizava recursos para a manutenção da Cão Viver eram seus fundadores. Hoje, a fundação também conta com a ajuda de parceiros e voluntários para sua sobrevivência.
    Paula Fantini, voluntária - Foto: Aline Miranda
    Maria Eduarda, voluntária - Foto: Aline Miranda
    Uma das voluntárias é Paula Fantini, Conselheira Fiscal, que ajuda há um ano e meio, sempre aos sábados. “Colaboro para o funcionamento da ONG, organizo a lojinha, ajudo nas adoções. Sou uma das autorizadas a realizar todo o processo de apadrinhamento de cães e gatos, pois a entrevista só pode ser feita por determinadas pessoas”. Ela é mãe de Maria Eduarda, também voluntária. “A Duda adora ficar em contato com os animais, ela só não vem aqui se estiver doente”, conta Paula.
    Entrada da ONG Cão Viver, Rua 1º de Maio, n º 165 – Bairro Braúnas - Foto: Lindeir Francis
    Desde o início, a Cão Viver está localizada no bairro Braúnas, próximo à (-1) Pampulha. Antes de ser alugado pelos fundadores, o local pertencia a uma senhora alemã que criava jaguatiricas. Hoje, conta com uma área verde de aproximadamente 3.000 m² e uma infraestrutura de canis, gatis, maternidades, enfermarias, banho e tosa, playdog, consultório veterinário, bloco cirúrgico e quarentena. Tudo idealizado para promover o bem-estar e a saúde dos animais, além de apresentar-se de acordo com as normas de proteção animal.
    Gatil, parte da infraestrutura da ONG Cão Viver - Foto: Aline Miranda
    Play Dog, parte da infraestrutura da ONG Cão Viver - Foto: Lindeir Francis
    Canil, parte da infraestrutura da ONG Cão Viver - Foto: Aline Miranda
    Consultório para consultas externas - Foto: Lindeir Francis
    A ONG também presta atendimento externo com serviços veterinários para cães e gatos com custo reduzido. Em média, são atendidos quatro a cinco casos por semana. Também são (-1) realizadas cirurgias, exames, aplicação de medicamentos, curativos, vacinas, limpeza de tártaro, vermifugações, consultas e cirurgias ortopédicas. Tudo com agendamento necessário. O atendimento da clínica acontece às segundas, terças, quintas e sábados, das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h00. Nas sextas-feiras, há também atendimento, mas apenas das 14h00 às 16h00. A clínica não é aberta às quartas-feiras. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone: (31) 3397-8560.

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  2. PRIMEIRO CONTATO
    Vitória, cadela também acolhida pela Cão Viver - Foto: Aline Miranda
    Todos os animais que chegam à Cão Viver geralmente estão muito debilitados e com alto índice de estresse, por sofrerem algum tipo de mau trato. Ao ser resgatado, o animal passa por um processo de triagem e é encaminhado para a quarentena, começando a receber os cuidados necessários para sua recuperação. Todos adquirem atendimento individualizado, realizado pelos funcionários, voluntários e pelo serviço de veterinária.
    Paco, cão também acolhido pela cão Viver - Foto: Aline Miranda
    Desde sua fundação, a Cão Viver acolheu cerca de 5 mil animais. Para que um cachorro ou gato seja aceito na ONG, é necessário que outro seja adotado, pois não há vagas e as normas de proteção animal determinam quatro cachorros por canil. De acordo com Paula Fantini, a instituição tem capacidade de acolhimento para cerca de 130 animais. Hoje, existe uma lista de espera de protetores que já retiraram os animais e estão prontos para adoção, todos aguardando por uma vaga. “Quando não há vaga, colocamos o animal na lista de espera, mas existem muitos casos em filhotes são deixados em uma sacola na nossa porta. Temos que respeitar a quantidade de quatro cachorros por canil, conforme as normas de proteção animal”, explica Denise Menin.
    Por mês, são realizadas em média 22 adoções, mas este número varia muito, dependendo da época do ano. “Em dezembro, a quantidade de pessoas que querem se desfazer dos cachorros (-1) aumenta muito. Isto acontece porque as famílias querem viajar por um longo período e, como não têm onde deixar, preferem se desfazer deles”, conta Denise.
    Elizete e família, agora com mais duas integrantes: Doli e Laila - Foto: Aline Miranda
    Elizete Cardoso e sua família adotaram duas cadelinhas através da ONG. Laila e Doli ganharam novos lares com muito amor. Elizete conta que gosta de animais e é contra qualquer tipo de violência. “Doli passou a ser membro da família, é carinhosa e meiga. Mais gratificante ainda é ver a alegria dos meus filhos. Laila é do meu irmão, e os meus sobrinhos é que estão amando, pois é o primeiro cachorrinho que criam”.
    Aos sábados, acontece a Feira de Adoção Permanente ONG Cão Viver, das 10h00 às 16h00. Para adotar um cachorro ou gato, a pessoa deve ser maior de 21 anos, levar xerox e original de um comprovante de endereço, identidade e CPF e contribuir com R$ 35,00. O candidato à adoção passa pelas etapas de visitação, fazendo o primeiro contato com o bichinho escolhido, e de entrevista, em que responde a um questionário do patrocinador Pedigree, que é anexado aos documentos na ficha de adoção.
    Cada etapa é avaliada minuciosamente, para que não ocorram enganos. “Se a pessoa não passar em todas as etapas, ela não poderá adotar, pois o objetivo é dar um lar adequado e não se livrar deles. A gente (-1) não esquece que eles são animais e precisam do espaço deles como animais, mas queremos garantir que recebam carinhos e bons tratos. Uma vida como a que eles têm aqui,” enfatiza Denise Menin.
    Entrevista, processo de adoção de Doris - Foto: Aline Miranda

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  3. Ana Maria, estudante de 32 anos, aproveitou a Feira para adotar a cadelinha Doris, nome que ela mesma escolheu. Ana passou pelo processo de adoção, foi aprovada e levará sua amiguinha para casa. Durante a visita, ela teve o prazer de conhecer Doris, que já ganhou um lacinho e um kit com vasilhame para comida e brinquedo da Pedigree. Na despedida da Cão Viver, Ana prometeu: “Doris vai ser tratada como uma filha”.
    PEDRITA, A CACHORRINHA QUE REPRESENTA A CÃO VIVER
    Pedrita é uma mestiça da raça Pitt Bull. Com cinco anos de idade, ela é uma sobrevivente. Foi resgatada em um beco de um aglomerado de Belo Horizonte, após denúncia de moradores. Naquele local, eram realizadas rinhas com cachorros. O dinheiro apostado era usado para consumo de bebidas e drogas.
    As cicatrizes de anos de abuso estão espalhadas pelo corpo e no olhar da cachorrinha, que chegou a perder uma das orelhas. Ao chegar à ONG, Pedrita passou por um processo de socialização, mas infelizmente não conseguia conviver com outros animais. Contudo, com pessoas, ela é muito amiga, extremamente brincalhona e adora um carinho. Um comportamento que pode ser explicado pelo seu passado de brigas.
    Este ano, Pedrita foi a representante da Cão Viver no concurso “Max Meu Amigo é um Máximo”, na categoria ONG. No ano passado, a associação ficou em terceiro lugar. O primeiro lugar ganha uma tonelada de ração, o que significaria mais de seis meses de ração para os bichinhos da Cão Viver. Para ajudar a Pedrita e seus companheiros a garantirem este prêmio, basta clicar no seguinte link e votar: http://meuamigoeomaximo2.maxtotalalimentos.com.br /participante/associacao-cao-viver-em-defesa-dos-animais/ e ter uma conta no facebook.
    Voluntário Átila, Fundadora Denise Menin e a cadela Pedrita - Foto: Lindeir Francis
    NÃO SE ESQUEÇA!
    Maus tratos contra os animais é crime. A Lei de Crimes Ambientais prevê detenção de três meses a um ano e multa. Por isso, é necessário denunciar qualquer forma de abuso. Amigo não se compra: adota-se.
    24/25

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