Policia Militar de Minas Gerais é mais uma no Brasil a aplicar o Programa de Erradicação das Drogas (PROERD).
Por:Charles Machado,Jonatas Fernandes, karla Rodriguez, Luana Arcuri,Nathália Simões.
O crescimento da violência
urbana no Brasil e no Mundo é notório. E a entrada de crianças e adolescentes
para essa vida tem sido cada vez maior. Segundo um levantamento feito pelo jornal o
Globo com dados oficiais cedidos pelos governos de oito estados diferentes (São
Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Paraná, Santa
Catarina e o Distrito Federal), em 2012, houve um aumento, em relação ao ano 2011, de
14,3% no número de apreensões de crianças e adolescentes por crimes como
vandalismo, desacato, tráfico, lesão corporal, furto, roubo e homicídio.
Mesmo diante de tantos fatos e pessoas ruins, ainda existem aqueles que buscam o bem e tentam através
de algumas ações construírem um mundo melhor. Uma delas é Otávio Henrique de
vinte e oito anos. Ele é policial militar e ingressou na profissão por
acreditar que poderia contribuir. No ano de 2010 percebeu uma
forma mais efetiva de fazê-lo. Tornou-se instrutor do Proerd.
As Polícias Militares do
nosso país têm a função de um policiamento ostensivo para a prevenção e o
combate ao crime. Tentando sempre manter a ordem pública. Em alguns Estados,
inclusive o de Minas Gerais, foi adotado uma estratégia para se trabalhar em
relação à prevenção da criminalidade, instruir as crianças a não se envolverem
com drogas e qual o caminho correto a seguir.
O
Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), idealizado em 1983, desenvolvido nos Estados Unidos da América pelo Departamento de Polícia de Los
Angeles (LAPD) e pelo Distrito Unificado Escolar, em um esforço
cooperativo estabelecido entre a Polícia Militar, a escola e a família.
Tem por objetivo dotar jovens e
crianças estudantes de informações
e habilidades necessárias para viver de maneira saudável, sem drogas e
violência. Dando alguns simples ensinamentos como não pegar nenhum
objeto que não seja seu, falsificar a assinatura dos pais e fazer cópias de
para-casas. De uma maneira geral esse curso vem para quebrar paradigmas e fazer
do PM um amigo que se pode confiar, abrindo um diálogo permanente entre escola,
polícia e a família.
Formado por instrutores
voluntários, devidamente qualificados, as aulas são bem dinâmicas, cativantes e
descontraídas. Saindo aquela imagem do policial sério e entrando o lado mais
“humano”. Para o soldado Otávio ter essa postura diferente foi bem complicado
no início, mas o curso para ser instrutor e o fato de trabalhar diretamente com
crianças o ajudou a quebrar inúmeros paradigmas. “É como voltar a sua infância”, disse o
militar.
Policial Militar,professora e aluno entrevistados (Foto/Edição: Jonatas Fernandes/Charles Machado)
O sucesso desse programa de prevenção passa pelo direcionamento de conteúdos devidamente preparados e
direcionados a públicos específicos, em uma aplicação continuada no ambiente
escolar, utilizando aulas interativas focadas nos anos iniciais da infância até
a fase adulta. O retorno, segundo o militar tem sido muito
positivo. Já presenciou adolescentes deixarem o mundo das drogas, pais
agradecendo pela mudança de comportamento dos filhos e alunos agressivos
passando a ter mais respeito pelos colegas, tudo isso depois de passar pelas
aulas desse programa. “Um mundo melhor se constrói com fé em Deus e em si
mesmo, dêem o seu melhor sempre”.
As aulas são acompanhadas por um professor da
escola que auxilia o militar na condução das turmas. Maria do Carmo, professora
há 35 anos, acompanha as aulas do Proerd há mais ou menos quatro anos, e tem percebido
que os alunos possuem até certo conhecimento sobre o assunto, mas que a ênfase
dada pelo projeto é de suma importância suprindo a ausência de auxilio dos pais.
A professora acredita no
auxilio do Proerd na construção de um mundo melhor. Fazendo às vezes o papel
que deveria ser dos pais, inclusive foi bastante frisado pela profissional a
ausência dos pais na educação dessas crianças até mesmo por uma necessidade.
Disse ainda que a inserção da educação sexual seria muito importante nessa
caminhada. “Que a política governamental permaneça criando projetos como esse,
e que o Proerd possa ter aberto as portas”, relatou.
Os alunos adoram as aulas do
Proerd, são sempre bem atenciosos e participativos mantendo uma sincronia com o
policial instrutor. Davi Gabriel de 13 anos, estudante da escola Municipal
Pedro Aleixo, localizada na região do Barreiro em Belo Horizonte, disse que
gosta muito do curso por sempre ensinar a dizer não para as drogas. “Antes eu
tinha medo da polícia, hoje eu os vejo como meus amigos e deixo um recado para
que ninguém se envolva com drogas”.
Imbuídas em construir um
mundo melhor, as crianças da escola Pedro Aleixo escreveram frases de como
fazer e essa edição dá voz a algumas delas: “Um mundo sem maldades, bebidas
alcoólicas, sem drogas e sem violência; devemos dizer sim aos estudos, ao
trabalho e para todas as coisas boas. Ser consciente e saber tomar boas
decisões” Mel Vilaça Lobo; “Ter honestidade, lutar pelos nossos direitos, ser
bondoso com as pessoas, ter educação, respeito e obediência.” Sara Júlia dos
Santos; “Um mundo sem preconceito, sem racismo, sem diferenças sociais” Não se
identificou.
O curso consiste em 10
atividades e após elas acontece a formatura com muita música, teatro e momentos
divertidos. Interagindo pais, alunos, professores e policiais militares. As
escolas interessadas em ter o curso devem procurar o batalhão que cobre a sua
região e fazer a solicitação do programa.
“Proerd é o programa, Proerd
é a solução. Lutando contra as drogas. Ensinando a dizer NÃO” (Retirada da
Canção Proerd)
Momentos da aula do PROERD (Foto/Edição:Jonatas Fernandes/Charles Machado)
Retranca:
Bullying é o mal moderno mais antigo das escolas
A
escola Municipal Pedro Aleixo, localizada na região do Barreiro em Belo
Horizonte, tem tomado uma importante iniciativa diante do “problema do século”
nas escolas, o bullying. A direção têm feito ações preventivas, trabalhando
especialmente com a conscientização.
Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos,
contra uma pessoa indefesa, que causam danos físicos e psicológicos.
O termo vem do inglês (bully) que significa tirano, brutal. No Brasil o termo tem sido usado em
relação aos atos agressivos entre alunos ou até mesmo com grupos de alunos nas
escolas.
Na
escola Pedro Aleixo isso acontece com freqüência é o que relata o aluno M.H.S
de 15 anos. “Tem crescido muito nos últimos meses (bullying), e não tem sido
legal. Para mim a atitude que a escola toma em relação à orientação não é
suficiente, têm de haver mais punição para isso.” O aluno já sofreu bullying no
ambiente escolar e não foi auxiliado pela direção, e disse que isso o desanima de
frequentar a escola visto que é insultado frequentemente, mas reconhece que as
palestras sempre acontecem e deixa um recado: “parem com o bullying, isso é
muito deprimente”.
J.C.F
de 14 anos, também já sofreu esse tipo de agressão, e acredita que isso ocorre
por que as pessoas querem desmerecer as outras por suas diferenças e acredita
que orientação não funciona e defende também uma maior punição aos praticantes,
mesmo não se importando com as criticas que recebe.
Campanha da escola Pedro Aleixo contra o bullying (Foto/Edição: Jonatas Fernandes/Charles Machado)
Maria
de Lourdes, vice-diretora da escola, disse que o bullying sempre aconteceu, mas
somente agora recebeu esse nome. Ela conta que a direção sempre toma atitudes
contra esses atos, conversando tanto com os agressores e seus pais quanto com os
agredidos e pais. Alem disso a escola faz cartazes de orientações para os
alunos e por estar tendo uma repercussão maior hoje em dia a escola sempre promove
palestras com outras instituições, inclusive igrejas. A vice-diretora ainda
deixa um recado para a construção de um mundo melhor. “As pessoas devem ser
mais solidárias umas com as outras e se comoverem mais com atos violentos e não
considerar algo normal”.
PROERD É A SOLUÇÃO
ResponderExcluirPolícia Militar de Minas Gerais é mais uma no Brasil a aplicar o Programa de Erradicação das Drogas (Proerd).
Por Charles Machado, Jonatas Fernandes, Karla Rodriguez, Luana Arcuri, Nathália Simões.
O crescimento da violência urbana no Brasil e no Mundo é notório. E a entrada de crianças e adolescentes para essa vida tem sido cada vez maior. Segundo um levantamento feito pelo jornal O Globo com dados oficiais cedidos pelos governos de oito estados diferentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal), em 2012, houve um aumento, em relação ao ano de 2011, de 14,3% no número de apreensões de crianças e adolescentes por crimes como vandalismo, desacato, tráfico, lesão corporal, furto, roubo e homicídio.
Mesmo diante de tantos fatos e pessoas ruins, ainda existem aqueles que buscam o bem e tentam, através de algumas ações, construir um mundo melhor. Uma delas é Otávio Henrique de 28 anos. Ele é policial militar (PM) e ingressou na profissão por acreditar que poderia contribuir de uma maneira diferente. Em 2010, percebeu uma forma mais efetiva de fazê-lo. Tornou-se instrutor do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).
As Polícias Militares do nosso País têm a função de fazer um policiamento ostensivo para a prevenção e o combate ao crime, tentando sempre manter a ordem pública. Em alguns Estados, inclusive o de Minas Gerais, foi adotada (-1) uma estratégia para se trabalhar com a prevenção da criminalidade: instruir as crianças a não se envolverem com drogas e sinalizar para elas qual o caminho correto a seguir.
O Proerd, idealizado em 1983 e desenvolvido nos Estados Unidos da América pelo Departamento de Polícia de Los Angeles (LAPD) e pelo Distrito Unificado Escolar, pode ser definido como um esforço cooperativo estabelecido entre a Polícia Militar, a escola e a família. Tal projeto tem por objetivo aparelhar jovens e crianças estudantes com informações e habilidades necessárias para viver de maneira saudável, sem drogas e violência. A ideia passa por ensinamentos simples, como não pegar nenhum objeto que não seja seu, falsificar a assinatura dos pais e, na escola, não copiar o dever de casa do colega ou da internet. De uma maneira geral, esse curso vem para quebrar paradigmas e fazer do PM um amigo que se pode confiar, abrindo um diálogo permanente entre escola, polícia e a família.
Formado por instrutores voluntários, devidamente qualificados, as aulas são dinâmicas, cativantes e descontraídas. Elas procuram ultrapassar aquela imagem do policial sério e encontrar o lado mais humano PM. Para o soldado Otávio, ter essa postura diferente foi complicado no início, mas o curso para ser instrutor e o fato de trabalhar diretamente com crianças lhe ajudou a quebrar inúmeros paradigmas. “É como voltar à (-1) sua infância”, disse o militar.
Policial Militar, professora e aluno entrevistados (Foto/Edição: Jonatas Fernandes/Charles Machado)
O sucesso desse programa de prevenção passa pelo direcionamento de conteúdos devidamente preparados para públicos específicos, em uma aplicação continuada no ambiente escolar, utilizando aulas interativas focadas nos anos iniciais da infância até a fase adulta. O retorno, segundo o militar, (-1) tem sido muito positivo. Otávio já presenciou adolescentes deixarem o mundo das drogas, pais agradecerem pela mudança de comportamento dos filhos e alunos agressivos respeitarem seus colegas, tudo isso depois de passar pelas aulas desse programa. “Um mundo melhor se constrói com fé em Deus e em si mesmo, deem o seu melhor sempre”.
ResponderExcluirAs aulas são acompanhadas por um professor da escola que auxilia o militar na condução das turmas. Maria do Carmo, professora há 35 anos, acompanha as aulas do Proerd há mais ou menos quatro anos, e tem percebido que os alunos possuem até certo conhecimento sobre o assunto, mas que a ênfase dada pelo projeto é de suma importância, suprindo a ausência de auxilio dos pais.
A professora acredita no auxílio do Proerd na construção de um mundo melhor. “O programa faz, às vezes, o papel que deveria ser dos pais”, frisa Maria do Carmo. Ela também gosta de lembrar que a inserção da educação sexual é muito importante nessa caminhada. “Que a política governamental permaneça criando projetos como esse, e que o Proerd possa ter aberto as portas”, pede.
Os alunos adoram as aulas do Proerd, são sempre bem atenciosos e participativos, mantendo uma sincronia com o policial instrutor. Davi Gabriel, de 13 anos, estudante da escola Municipal Pedro Aleixo, localizada na região do Barreiro em Belo Horizonte, diz que gosta muito do curso, por que, com ele, aprende a dizer não para as drogas. “Antes, eu tinha medo da polícia; hoje, vejo os soldados como meus amigos”, conta.
Imbuídas em construir um mundo melhor, as crianças da escola Pedro Aleixo escreveram frases sobre como isso pode acontecer. Mel Vilaça Lobo, XX anos, acredita: “Um mundo sem maldades, bebidas alcoólicas, sem drogas e sem violência; devemos dizer sim aos estudos, ao trabalho e para todas as coisas boas. Ser consciente e saber tomar boas decisões”. Sara Júlia dos Santos, XX anos, aponta valores essenciais que aprendeu com o Proerd: “Ter honestidade, lutar pelos nossos direitos, ser bondoso com as pessoas, ter educação, respeito e obediência.”
O curso é composto por dez atividades e, após elas, acontece a formatura, com momentos divertidos que envolvem música, teatro e, como não poderia deixar de ser, a interação entre pais, alunos, professores e policiais militares. As escolas interessadas em ter o curso devem procurar o batalhão que cobre sua região e fazer a solicitação do programa.
“Proerd é o programa, Proerd é a solução. Lutando contra as drogas. Ensinando a dizer NÃO” (Retirada da Canção Proerd)
Momentos da aula do PROERD (Foto/Edição:Jonatas Fernandes/Charles Machado)